A Doença de Alzheimer
Com o aumento substancial da expectativa de vida
da população mundial verificado nas últimas décadas, a Doença de Alzheimer
tornou-se um sério e importante problema de saúde individual e coletiva, em
decorrência da significativa incapacidade que acarreta aos pacientes, das
influências sobre os familiares e cuidadores, além dos custos diretos e
indiretos que ocasiona
Características
A doença de Alzheimer é uma demência degenerativa. Este conceito remete para uma alteração global do funcionamento cognitivo. É uma doença que começa com perturbações de memória em que o doente começa por apresentar queixas frequentes de esquecimentos do local onde colocou determinados objectos.
Numa fase inicial o doente têm consciência da sua situação, mas à medida que a doença progride o doente vai perdendo a consciência da sua doença e das suas dificuldades.
Os problemas de linguagem também começam a ser cada vez maiores. O doente durante o seu discurso tem alguma dificuldade em encontrar as palavras e com o evoluir da doença, ao não conseguir encontrar a palavra certa, cria parafrases (palavras sem significado). A sua linguagem começa a ser cada vez mais confusa e a fazer cada vez menos sentido. A compreensão da linguagem também começa a ser cada vez mais difícil para o doente de Alzheimer. Esta situação começa muitas vezes por trazer conflitos entre a o doente e a sua família, que não o entende e este que não se consegue fazer entender. Para agravar esta problemática, as alterações comportamentais e mudanças de personalidade também se começam a manifestar numa fase mais avançada da doença. Podem manifestar sintomas depressivos como, apatia, desinteresse, desmotivação, sintomas ansiosos tais como, ansiedade generalizada, fobias, perturbações obsessivo-compulsivas. Podem manifestar também comportamentos agressivos, desinibição sexual ou até mesmo ideias delirantes.
A doença de Alzheimer é também caracterizada por perturbações Práxicas, em que o doente começa a ter dificuldade na execução de gestos desde os mais simples tais como, dizer adeus, fazer o sinal de chamamento, benzer-se, até aos mais complexos, tais como servir-se de uma tesoura ou vestir-se.
O doente começa também por perder capacidades de orientação quer no espaço, em que acontece muitas vezes o doente perder-se mesmo perto de casa e mais tarde dentro da própra casa, quer no tempo, em que o doente não sabe nem em que dia e mês está e muitas vezes nem no ano em que se encontra.
O doente vai progressivamente perdendo também a capacidade de se lembrar de rostos (prosopagnosia), inicialmente dos menos familiares e à medida que a doença progride, vai-se esquecendo das pessoas mais proximas. Começa por se esquecer das noras e genros, depois dos netos, mais tarde dos filhos, e por último do marido e muitas vezes da sua própria identidade.
Tratamento
Para identificar a doença de Alzheimer em
primeiro lugar deve ser feito um diagnóstico diferencial, que permita excluir
doenças que apresentam alguns sintomas idênticos, tais como perturbações
cognitivas não demenciais, outras demências degenerativas e não degenerativas.
Por vezes torna-se difícil diferenciar a doença de Alzheimer numa fase inicial,
de uma perturbação cognitiva não demencial, como é o caso de uma síndrome
depressiva, que apresenta também problemas de memória dos factos recentes,
dificuldade de concentração e atenção, desinteresse, apatia e pouca iniciativa.
O doente deverá ter apoio psicoterapêutico no
sentido de minimizar o sofrimento causado pela síndrome depressiva ou pelas
perturbações de ansiedade, típico da fase inicial da doença, em que o doente
sente perder o controlo das situações e o medo do futuro. Esta é uma fase em
que o doente ainda tem consciência da sua situação e por isso devem ser
trabalhados os sentimentos e emoções do doente relacionados com o seu problema.
O objectivo terapêutico deve ser o de estimular a auto-estima do doente, de
reduzir os sentimentos de ansiedade e depressão, ajuda-lo a ter mais autonomia
e a evitar a perda de controlo.
As técnicas cognitivo-comportamentais, como as estratégias de gestão de stress e reestruturação cognitiva, podem ser úteis, na medida em que podem reduzir a ansiedade e o medo face ao futuro. As técnicas de relaxamento também podem ser eficazes para melhorar a qualidade do sono que é frequentemente alterada na doença de Alzheimer e as perturbações da ansiedade em geral.
Estas técnicas podem e devem também ser aplicadas aos familiares do doente, que também estão a viver momentos de sofrimento, nomeadamente sentimentos depressivos e ansiosos
As técnicas cognitivo-comportamentais, como as estratégias de gestão de stress e reestruturação cognitiva, podem ser úteis, na medida em que podem reduzir a ansiedade e o medo face ao futuro. As técnicas de relaxamento também podem ser eficazes para melhorar a qualidade do sono que é frequentemente alterada na doença de Alzheimer e as perturbações da ansiedade em geral.
Estas técnicas podem e devem também ser aplicadas aos familiares do doente, que também estão a viver momentos de sofrimento, nomeadamente sentimentos depressivos e ansiosos
A terapia deve também ajudar o doente a
habilitar a sua memória utilizando métodos específicos, tais como utilização de
agendas adaptadas ao doente e outras coisas práticas que o ajudem na sua vida
quotidiana.
Outras técnicas de habilitação cognitiva, consistem em utilizar exercícios que permitam “desenvolver” a linguagem, a memória, a atenção-concentração, a leitura, a escrita, a orientação e a coordenação motora
Outras técnicas de habilitação cognitiva, consistem em utilizar exercícios que permitam “desenvolver” a linguagem, a memória, a atenção-concentração, a leitura, a escrita, a orientação e a coordenação motora
Fontes:Doenca de Alzheimer.com.br
Bem esclarecedor e didático. Muito Bom.
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