sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sobre a Depressão








Comumente usamos o termo “Depressão” para definir nosso estado de espírito. Quando estamos tristes, desanimados é normal que digamos que estamos deprimidos. Porém Depressão pode ser mais do que isto; pode demandar tratamento psiquiátrico, psicoterapia e também, dieta balanceada.

A pessoa deprimida pode, por eventos que para os outros são chatos, aborrecidos, porém corriqueiros, cair num abismo de tristeza sem fim. Tratar alguém deprimido é lidar com uma pessoa com baixa auto-estima, falta de esperança e estímulo pra vida; alguém que se isola de seu meio, de seus familiares e tem constantes pensamentos de morte, além de outros tantos sintomas. O curioso é notar que a pessoa deprimida nem sempre é apática ou quieta demais. A Depressão pode causar também grande agitação psicomotora e irritabilidade. É um quadro bastante difícil, não só para quem está passando por ele, como também para as pessoas de seu relacionamento, que por muitas vezes julgam aquele comportamento como frescura e acham que uma “injeção de ânimo” vai resolver o caso.

Existem vários níveis nos quais a depressão pode se manifestar, desde os mais leves até aqueles que precisam de constante vigilância. Mas a novidade pra mim é que a alimentação pode também ajudar nessa luta.

Vale a pena listar alguns sintomas e ler atentamente o texto abaixo da nutricionista Alexandra Marinho.

Alguns sintomas da Depressão:



• Pessimismo

• Dificuldade de tomar decisões

• Dificuldade para começar a fazer suas tarefas

• Irritabilidade ou impaciência

• Inquietação

• Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer

• Chorar à-toa

• Dificuldade para chorar

• Sensação de que nunca vai melhorar; desesperança...

• Dificuldade de terminar as coisas que começou

• Sentimento de pena de si mesmo

• Persistência de pensamentos negativos

• Queixas freqüentes

• Sentimentos de culpa injustificáveis

• Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual







DEPRESSÃO

(Por Alexandra Marinho – Nutricionista Funcional )



A depressão é hoje uma doença que mais aumenta em todo mundo. Na visão da nutrição funcional, o aumento na produção de serotonina é uma das armas mais eficazes contra este mal. Neste aspecto, devemos estimular o consumo de alimentos fontes ou mesmo suplementar triptofano, com seus cofatores, especialmente B6, B9, B12, magnésio, ácido fólico e vitamina C. Além de estimular a produção, podemos também reduzir a concorrência de nutrientes que dificultam a sua formação, aumentando o consumo de carboidratos complexos integrais, como um arroz integral, macarrão integral, quinua em flocos ou grão, aveia em flocos, entre outros. Outro aspecto fundamental é aumentar a atividade dos receptores para serotonina nos neurônios, que fazemos com cromo, especialmente encontrado em grãos integrais, levedo de cerveja, cogumelo, aspargo, ameixa e nozes. É importante ressaltar que 70% da nossa serotonina é formada no intestino, por tanto, este órgão deve estar 100% funcionante. Outro ponto fundamental é a participação dos ácidos graxos ômega-3, pois a presença destes nas membranas lipídicas neuronais melhora a transmissão nervosa e a transmissão dos impulsos elétricos pela eficiente troca de íons. As melhores fontes de ômega-3 são linhaça, peixes (salmão, sardinha e atum) e crustáceos. Outro alimento bastante valorizado é o cacau, mostrando melhora no humor, estimulo a liberação de endorfinas e elevação da disposição mental; pode-se consumir cacau em pó, preferencialmente orgânico, ou mesmo chocolate amargo 70% cacau. Reduzir o máximo possível consumo de açúcar, cafeína e gorduras trans (leite integral, carnes, biscoitos, margarinas, pipoca de microondas, entre outros). Em casos graves, todos os nutrientes aqui citados podem ser suplementados, dando prioridade a suplementação de ômega 3, pois os peixes que teriam essa substância geralmente são criados em cativeiro, comem ração, o que dificulta muito terem ômega 3 na sua estrutura. Seria interessante se pudéssemos adquirir os peixes em alto mar, mas como isso nem sempre é possível, suplementar é uma boa solução.

Um comentário:

  1. É ISSO AÍ...PODEMOS FAZER A DIFERENÇA COM ALIMENTAÇÃO.

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